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8 de Março, Redução de Danos e a apologia do cuidado às mulheres

08/03/2023 08:00

Escola Livre de Redução de Danos

Áreas de Atuação,

8 de Março, Redução de Danos e a apologia do cuidado às mulheres

8 de Março, Redução de Danos e a apologia do cuidado às mulheres

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No período do Carnaval, enquanto uma equipe da Polícia Civil investia sua capacidade operativa numa abordagem na Casa da Redução de Danos de Olinda, cuja denúncia anônima não foi confirmada, um total de 08 mulheres foram assassinadas em Pernambuco. A violência de gênero marcou os dias de folia e - como questão estrutural - faz vítimas também o ano inteiro. No ano passado, 120 mulheres foram agredidas por dia em Pernambuco; onde 72 feminicídios foram registrados. O balanço é da Secretaria de Defesa Social (SDS) e nos serve como base para sustentar que a Redução de Danos como política pública para as áreas de saúde e segurança, salva a vida das mulheres, em especial as mulheres trans e negras. 

 

Neste 8 de Março, as ruas mais uma vez serão ocupadas em cidades de vários Estados do Brasil, as mulheres estarão unificadas, em sua diversidade e com presença de organizações do Recife e Região Metropolitana, com o tema: Mulheres nas ruas: contra o racismo, feminicídio, transfeminicidio, encarceramento em massa, pela legalização do aborto. Por democracia popular, sem anistia para golpistas!

 

 

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Em Pernambuco, tivemos um período carnavalesco marcado por quase uma dezena de mulheres assassinadas. Este cenário precisa ser olhado com a seriedade e serenidade necessárias, para encontrar resoluções que interrompam esse modelo que cerca, viola e mata mulheres e diversas famílias, marcadas cotidianamente por uma falta de olhar e práticas eficazes, para uma mudança de paradigma tão necessária. 

A Redução de Danos se apresenta enquanto estratégia potente e viável ao encontro de tecnologias leves de cuidado, com enfrentamento aos problemas, reconhecendo e elaborando metodologias qualificadas a cada tema, bem como no amadurecimento das políticas públicas, fazendo frente às urgências quando se fala em defesa da vida.

 

Problemas complexos necessitam de resoluções complexas. Não será a negativa ou invisibilidade deste elevado custo social que vai desatar o nó, mas sim com pesquisa, método e processos transparentes de desenvolvimento, crescimento social e cultural da população. Sem o enfrentamento às violências e desigualdades estruturais de gênero, o controle das atividades das forças de segurança e a elaboração de metodologias sociais de enfrentamento aos problemas estruturais, continuaremos dentro de um espiral de violência sem saída.

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Priscilla Gadelha Moreira

Jorge Cavalcanti

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